Não é só futebol amador.

Gil Anebrant

Ah o futebol, a gente que ama esse esporte e não vive dele, entende ainda mais a frase que já virou até clichê: não é apenas futebol. 


Nós que carregamos no peito essa paixão, levamos nos ombros o fardo do esporte amador em um país chamado Brasil.


Um fardo sempre pesado que parece querer esmorecer a força que vem das várzeas, do interior, da periferia... 


Nós que amamos, praticamos, estamos envolvidos com o futebol, literalmente pagamos muito caro por esse sentimento. Alheio ao glamour que vemos na mídia diariamente, temos que desembolsar quantias consideráveis para sustentar esse "vício". 


Pagamos pra jogar num campo, numa quadra que muitas vezes nem é ideal. Pagamos transporte, alimentação, arcamos com equipamentos, medicamentos, arbitragem, manutenção...algumas dessas coisas, pela constituição brasileira, qualquer cidadão deveria ter acesso. 


As vezes deixamos famílias, namoradas, esposas, filhos... pra correr atrás da bola. Não que o futebol seja mais importante que qualquer um deles, mas simplesmente porque o futebol não pode parar e esse sentimento nunca vai morrer.